"...sem a música
a vida seria um erro..."
participe desta ação para contar a breve história de uma utopia sonora que embalou a vida de um grupo de jovens e adolescentes na metade da década de 90 na ilha de santa catarina.
o primeiro registro será em um livro de mesa depois, quem sabe, um vídeo documentário?
1994
Como um grupo ou melhor, um bando ou quem sabe melhor ainda, um bando de ajustados e desajustados, seres marginais (no sentido de quem vive à margem, sem nenhuma grana ou influência local) que orbitava em torno da Praça XV, interfere diretamente na cena musical de uma capital no sul do país, e ainda consegue resultados concretos?
nada contra ocupar espaços públicos apenas para ficar chapado, viajando e reclamando de tudo (ou quase tudo) pode ser uma opção... mas, com um pouco de coragem e muita cara pau dá pra tentar fazer algumas coisas, mesmo que dê tudo errado ou quase tudo... sempre vale tentar...
1996
Depois de correr a grande Florianópolis em busca de patrocínio e ter "Não" como resposta em 99,99% das vezes, a reação mais comum seria: "Deixa pra lá!".
O bando optou por encontrar outras formas... "Se, quem tem condições não quer apoiar, vamos tentar com quem não tem condições...". Algo como o lema do Manifesto Canibal* : "A revolta dos que nada tem e tudo fazem,
contra os que tudo tem e nada fazem!"
Com uma série de peripécias envolvendo, shows, festas, rifas, pedágios, agiotagem, venda direta, pré venda, tráfico, confusões com a lei e detenções, marcaram o período. Ao final de 16 meses o primeiro disco era lançado...
* Obra clássica sobre produção de cinema marginal de Petter Baiestorf e Coffin Souza, lançado em 2004.
resgate histórico com boatos, mentiras e meias verdades de um atrapalhado selo de gravação que na metade dos anos 90 movimentou a cena musical da capital catarinense, inaugurando uma nova maneira de viabilizar "o fazer cultural" sem ortodoxia, com um modo de ação que anos depois a
academia batizaria de "economia criativa".